quinta-feira, 29 de julho de 2010

O Galante Aventureiro - A Última Fronteira -



O GALANTE AVENTUREIRO -A ÚLTIMA FRONTEIRA - 1940 -

Em 1940, Gary e Walter Brennan estrelam o faroeste " O Galante Aventureiro- Título Original The Westerner-dirigido pelo Diretor William Wyler. Poderíamos dizer que Gary Cooper além de ser o excelente ator que conhecemos também foi modesto neste filme pois cedeu ao amigo Walter Brennan espaço para atuar e mostrar seu talento,o que lhe valeu um OSCAR de ator coadjuvante. Assim, Gary Cooper cimentou a sua reputação como um ícone dos faroestes.
Cole Hardin ( Gary Cooper) é um cavaleiro errante, sensível e gentil que encontra-se envolvido numa disputa entre pecuaristas e agricultores sobre os direitos da terra, inspirado por um egomaníaco e indiscutivelmente líder psicótico, o famoso "Juiz" Roy Bean. A História se passa logo após a Guerra Civil nos EUA, quando ocorre a louca corrida às terras do Oeste. No Texas, Walter Brennan é Roy Bean , proprietário de bar, que comandando um grupo de vaqueiros, e se outorga como "JUIZ" local. O Juiz Roy Bean então fica extremanente irritado porque famílias na região para se protegerem demarcaram suas terras com arame farpado, dedicando-se ao cultivo agrícola. A trama gira em torno dos conflitos entre criadores de gado e agricultores, por volta de 1884, quando da corrida de colonos rumo ao Oeste. A história se passa no Texas, tendo como principais personagens um criminoso disfarçado de juiz, dominando os criadores de gado, e um um forasteiro que chega ao local e tenta trazer a harmonia entre os dois grupos. Provavelmente não muito, historicamente fiel e muitas vezes irritantemente coerente com as convenções de Hollywood, este filme tem um atributo que (para além da sua reputação geral) ganha um lugar na história do faroeste, pelo desempenho de Walter Brennan como Roy Bean. Geralmente gentil, em seus filmes posteriores, Brennan é realmente muito ameaçador aqui, especialmente quando seu rosto fica sem expressão e sua voz assume uma espécie de calma enganadora. Ele dá a impressão de um homem que não tem noção do valor da vida humana, qualquer que seja, elevando sua obsessão pueril com a atriz Lily Langtry (representado por Lilian Bond) acima de qualquer consideração de justiça e de verdade com sua pretensão de um tribunal para o exercício da tirania . O linchamento indiferente de um homem no início prepara o palco para tudo o que se segue, embora se pretenda que o personagem Cole (Gary Cooper) sinta raiva sincera com tal atrocidade no começo da história. Na verdade o filme todo, por vezes, parece obscenamente ligh considerando a violência da ação e do roteiro. Se isto tivesse sido feito 25 anos depois, teria sido um filme muito mais sombrio e mais consistente, aí reside a mão firme de um diretor (Willian Wyler), que usava a sutileza para moldar seus filmes. Este filme esta na minha lista dos filmes de Gary que sempre vejo, penso que nenhum outro gênero esteve mais perto das raízes históricas americanas como o western, o cinema americano por excelência, e que GARY COOPER foi um dos ícones deste gênero que mais traduziram esta realidade no cinema.
A direção de Willian Wyler é perfeita, mostra um drama vivido no lendário Oeste americano com ótimas cenas de ação, destacando-se as cenas do incêndio nas terras dos agricultores.Wyler foi auxiliado por um roteiro bem feito, pela bela fotografia de Gregg Toland e pelas excelentes atuações de Gary Cooper e Walter Brennan, principalmente deste último, que rouba quase todas as cenas das quais participa. As sua interação com Gary Cooper tem momentos hilariantes. Eu gosto especialmente da cena em que Cooper acorda de uma noite de bebedeira com o juiz Roy Bean.


Cenas do filme O Galante Aventureiro




domingo, 25 de julho de 2010

Gary Cooper personificou sempre, exceção feita a alguns papéis em comédias, o herói obstinado, de palavras simples, valente, lacônico e solitário, sobretudo em seus westerns, embora também em dramas de aventuras e comédias amorosas.

sábado, 24 de julho de 2010

Um Astro de verdade!



Gary Cooper - O Homem que sabia ser Homem...



Gary Cooper (*1901- +1961)
Frank James Cooper, nasceu em 07/05/1901 em Helena, Montana, USA.

É uma das grandes *Estrelas* de Hollywood, começou a sua carreira em nos anos 20, e que durou cerca de 40 anos, vencedor por duas vezes do Oscar* de melhor ator e cinco nomeações, com mais de 100 filmes realizados iniciou a sua vasta carreira na fase do cinema mudo, como figurante.
Foi criado no rancho de seu pai Frank James Cooper, um rico imigrante
ingles, que quando jovem deixou a terra natal aos 19 anos e, mais tarde, tornou-se advogado e juiz da Suprema Corte do Estado de Montana. Aprendeu a montar com destreza por indicação de seu médico, como tratamento fisioterápico quando se recuperava após um acidente de carro ocorrido em 1920. Por isso Cooper sabia em cena mostrar tão bem como ser um excelente cowboy, um verdadeiro "Homem do Oeste".
Em 1910, por recomendação médica, sua mãe Alice, mudou-se para a Inglaterra, onde permaneceu até os Estados Unidos entrarem para a 1ª Guerra Mundial. Seus pais sempre primaram por uma educação rígida e por isso juntamente com seu irmão foi estudar em uma rígida escola inglesa de prestígio em Londres, o que lhe proporcionou refinamento, classe e excelente postura que tanto vemos nas telas.
Muitos em Hollywood diziam "Um homem que todos os homens queriam ser e com quem todas as mulheres queriam se casar."Nenhum outro ator, na história de Hollywood, conseguiu personificar tão bem o ideal do “Homem Americano”.
Gary Cooper era alto, bonito, educado , charmoso, amigável, brincalhão, equilibrado,
simpático, possuidor de uma voz inconfundível e fascinante.
Um ator versátil que
apesar de feito papeis em outros gêneros, notabilizou-se, também, como herói do western.
Teve romances com estrelas famosas como Clara Bow
, Lupe Vélez, Marlene Dietrich, Sarita Montiel, Grace Kelly e outras atrizes com as quais contracenou, bem como com a famosa socialite americana Condessa Carlo Dentice di Frasso com o qual viajou pela Europa e aprendeu a se vestir com classe e elegância .
Gary Cooper não freqüentou academia de interpretações e ao chegar a Los Angeles, em 1924, pretendia seguir a carreira jornalística de cartunista. O início de sua carreira se dá entre 1925 e 1926, onde participou como "extra" em cerca de dez filmes até que surgiu sua primeira grande oportunidade, como ator coadjuvante, em " O Beijo Ardente- The Winning of Barbara Worth", de Henry King, filme estrelado por Ronald Colman e Vilma Banky.
Por sinal este filme faz parte da grade de programação do Telecine Cult.
Gary dizia que não pensava em ser ator, queria apenas ganhar alguns dólares, até que ao fazer o filme " O Beijo Ardente -
The Winning of Barbara Worth (1926) encantou o público e foi contratado pela Paramount. Começava, assim, uma carreira vitoriosa de cerca de 100 filmes, até sua morte aos 60 anos de idade.

Todos o conheciam por “Coop”, e o seu primeiro grande sucesso foi "Agora ou Nunca"/ “The Virginian” em 1929.





Outros filmes memoráveis a serem vistos :

Marrocos/ 1930
Adeus às Armas /1932
Lanceiros da Índia /1935
Amor sem fim/ 1935desejo/ 1936
Adorável Vagabundo /1941
Sargento York/1941
Por quem os Sinos dobram/1943
Vontade Indômita/ 1949
entre outros....

*Gary Cooper* possui uma filmografia extensa que merece ser descoberta por todos os cinéfilos.
Extremamente talentoso, realizou um dos filmes mais apaixonantes do cinema Por Quem os Sinos Dobram- 1943, contracenando com a bela Ingrid Bergman, dirigidos por Sam Wood.

INGRID BERGMAN E GARY COOPER


- Recebeu 5 indicações ao Oscar de Melhor Ator, por "O Galante Mr. Deeds" (1936), "Sargento York" (1941), "Ídolo, Amante e Herói" (1942), "Por Quem os Sinos Dobram" (1943) e "Matar ou Morrer" (1952). Venceu em 1941 e 1952.
- Ganhou um Oscar honorário em 1961, concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em homenagem à sua carreira.- Ganhou o Globo de Ouro de Melhor Ator - Drama, por "Matar ou Morrer" (1952).

E ganhou também meu coração para sempre!

Para mim , The Best!!!! Para sempre, insubstituível!

Aos 48 anos, em 1949, quando filmava "Vontade Indômita - Título original - The Fountainhead " conheceu a atriz *Patricia Neal*, com o qual também fez mais outro filme "Cinzas ao Vento". Consta que Gary até então muito bem casado desde 1933 com Verônica Balfe (ex-atriz Sandra Shaw) , rica filha de um Industrial, se separou e foi viver sua paixão avassaladora com Patrícia, que na época tinha somente 22 anos.
Ficaram juntos por
5 anos, mas esta relação amorosa com a atriz Patrícia Neal não foi oficializada no altar porque Verônica que era católica, não lhe concedeu o divorcio e Cooper então voltou a viver com ela. Viveram juntos, porém não sabemos se felizes, até sua partida para o mundo dos " Astros e Estrelas". Com Verônica teve uma única filha, Maria Janis Cooper.

O filme VONTADE INDÔMITA é Fantástico,
baseado na obra literária de Ayn Rand, é meu filme preferido do Gary que tem uma atuação madura e extremamente marcante, dirigido por King Vidor. Um diretor que soube conduzir este drama de amor de forma avassaladora.

PATRICIA NEAL E GARY COOPER


O diretor Howard Hawks dizia: “Ele é amado na vida real pelas mulheres e no cinema pela câmera”. Gary Cooper não conheceu o declínio artístico nem a decadência profissional. Excelente profissional, concluiu seu ultimo filme, A Tortura da Suspeita, lançado em 1961, já doente (câncer).
Gary teve o infortúnio de recusar dois papéis em filmes de Hitchcock, um em 1940 e outro em 1942, entretanto admitiu mais tarde ter errado ao não aceitá-los. recusou também interpretar o personagem Rhet Butler, que foi então entregue a Clark Gable em "...E o Vento Levou" (Gone with the Wind).
Mas realizou filmes memoráveis : Desejo ( Desire) - 1936 com Marlene Dietrich. Sargento York - 1941 com o qual ganhou o OSCAR de melhor ator, Matar ou morrer (High Noon) - 1952 , que também ganhou o OSCAR de melhor ator . E outros filmes como The Hanging Tree (A Árvore dos Enforcados)- 1959, com Maria Schell, em que o tema musical é conhecido e tocado até hoje.

O segundo Oscar de sua carreira aconteceu durante a confusão na sua vida pessoal . Foi com ”Matar ou Morrer” de Fred Zinnermann, lançado em 1952. O papel do xerife Will Kane levou Cooper de volta ao estrelato.




Com MARIA SHELL ( no filme Hanging Tree - Árvore dos Enforcados- 1959, Diretor Delmer Daves) e com MARLENE DIETRICH, no filme (Desire-Desejo - 1936, magistralmente dirigidos por Frank Borzage ).































Gary Cooper, um dos poucos astros que iniciou a carreira na era do cinema silencioso, e que trabalhou por muitos anos até morrer.
Na verdade, Gary Cooper é o Homem que sabia ser Homem...